Livro explora a realidade de famílias com filhos que possuem deficiências físicas, mentais ou sociais. Trazendo histórias emocionantes e inspiradoras.
O provérbio “a maçã não cai longe da árvore” é popularmente usado para comentar similaridades entre pais e filhos.
É com esse ditado que Andrew Solomon brinca no título de seu livro que estuda famílias onde os filhos possuem identidades peculiares e de difícil compreensão para os pais.
Andrew Solomon é escritor e professor de psicologia. Seu primeiro best seller foi o livro O Demônio do Meio-Dia – Uma Anatomia da Depressão. Depois de anos de entrevistas com várias famílias diferentes ele escreveu o livro Longe da Árvore – Pais, Filhos e a Busca da Identidade.
Andrew constatou em suas próprias experiências com seus pais o quanto filhos podem ter identidades diferentes.
Identidades pertencentes a um universo que os pais nunca serão capazes de entrar, mas precisam aprender a compreender.
Andrew foi diagnosticado com dislexia na infância e precisou da ajuda dos pais para encontrar um sistema de aprendizado.
Na adolescência ele se revelou homossexual e precisou lidar com a frustração da expectativa dos pais de terem um filho dentro da normalidade.
Tipos de identidade
Andrew coloca em seu livro que aspectos formadores da identidade podem ser verticais ou horizontais. A identidade vertical é aquela que toda a família possuí em comum. Aspectos verticais seriam a nacionalidade, idioma falado, raça e religião.
As identidades horizontais são aquelas que os filhos não compartilham com o resto da família.
E por isso podem causar conflitos e dificuldades de comunicação. O livro explora algumas dessas identidades. Com capítulos sobre famílias onde os filhos nasceram surdos, anões, portadores de síndrome de Down, autistas, esquizofrênicos, transgêneros, entre outros.
O livro emociona não só por contar histórias de pais que aprenderam a lidar com a deficiência dos filhos e se desdobraram para dar a eles uma vida boa.
Ele também é muito realista ao mostrar a culpa e a frustração que os pais sentem ao enfrentarem tais desafios. E como nem todas as famílias conseguem se adaptar, o que leva a decisões trágicas.
A visão Espírita
Dentro da visão espírita nada disso acontece por acaso. Famílias são formadas por pessoas que estão juntas por um motivo maior. Espíritos que precisam se aprimorar e resolver pendências com outros espíritos através dos laços familiares.
Quando uma criança nasce com uma deficiência ou com uma identidade fora da norma isso acontece para o aprimoramento de todos.
E muito provavelmente isso foi decidido no plano espiritual pelos próprios espíritos envolvidos.
“Deus permite essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos nas famílias, com a dupla finalidade de servirem de provas para uns e de meio de progresso para outros.
Os maus, se melhoram pouco a pouco, ao contacto dos bons e pelas atenções que deles recebem, seu caráter se abranda, seus costumes se depuram, as antipatias desaparecem.
É assim que se produz a fusão das diversas categorias de Espíritos, como se faz na Terra entre a raças e os povos.” O Evangelho Segundo Espíritismo – Cap 4. Ninguém Pode Ver o Reino de Deus se Não Nascer de Novo
Para conhecer mais o trabalho de Andrew Solomon em Longe da Árvore você pode assistir essa palestra para o Ted Talk. Ame, apesar de tudo.
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